O setor do imobiliário sempre atraiu a atenção dos investidores e compradores em todo o mundo. Em Portugal, não é diferente. Nas últimas décadas, o país passou por um crescimento significativo no mercado imobiliário, com um aumento constante nos preços das casas. No entanto, há preocupações crescentes de que uma bolha imobiliária possa estar a se formar no mercado português. Neste artigo, vamos explorar as previsões para o mercado imobiliário em Portugal e analisar se estas preocupações são justificadas.
O que é a Bolha Imobiliária?
Primeiramente, é crucial perceber o que é uma bolha imobiliária. Ocorre quando os preços das casas sobem de forma rápida e desigual em relação à sua real valorização. Isso geralmente é motivado pela especulação em excesso e pela procura irracional por imóveis. Quando esta bolha estoura, os preços caem, leva a uma crise no setor de imóveis, e afeta a economia como um todo.
Em Portugal, nos últimos anos houve um grande aumento nos preços das casas. Em especial nas áreas urbanas, como por exemplo Lisboa e Porto. Isso ocorreu por vários fatores. Como, o aumento do turismo, a crescente procura por casas por parte de investidores estrangeiros, e a recuperação económica do país após a crise de 2008. No entanto, experts têm alertado para o risco de uma possível bolha imobiliária.
Alguns pontos a ter em conta..
Um dos pontos é a falta de equilíbrio entre a oferta e a procura. Embora a procura por casas continue alta, a oferta não está a acompanhar esse ritmo. Isso tem levado a uma falta de imóveis, o que naturalmente eleva os preços. Além disso, muitos projetos imobiliários estão focados em áreas específicas, que resultam num mercado desigual.
Outro fator que preocupa é a especulação em excesso. Investidores estrangeiros, sobretudo de países como a China e Estados Unidos, têm investido muito no imobiliário português. Muitas vezes a comprar casas apenas com o objetivo de obter retornos rápidos. Essa especulação pode inflacionar de forma artificial os preços, e criar uma bolha que não se sustenta a longo prazo.
Mas, será que Portugal está à beira de uma Bolha Imobiliária?
No entanto, nem todos concordam que Portugal esteja à beira de uma bolha imobiliária. Alguns peritos referem que o aumento dos preços é uma resposta natural à alta procura e à falta de casas à venda. Apesar das opiniões divergirem, é crucial que os compradores e investidores tenham cautela e façam uma análise cuidadosa do mercado. Antes de realizar qualquer transação é essencial considerar alguns fatores. Como, por exemplo: o local da casa, a valorização a longo prazo, e a capacidade de pagamento.
Embora haja preocupações legítimas sobre uma bolha imobiliária em Portugal, é crucial avaliar com cuidado as previsões do mercado atual. A falta de equilíbrio entre oferta e procura, a especulação excessiva, e a falta de imóveis, são fatores que podem contribuir para um cenário de bolha.
O que dizem os experts?
A SIC Notícias contactou alguns experts para saber a opinião deles sobre o assunto. De uma maneira geral acreditam que há alguns sinais de alerta, mas ainda há razões para pensar que essa bolha não se esteja a verificar.
O economista João Duque, aponta uma única e grande preocupação neste cenário: “A subida das taxas de juro que irão atacar os que se endividaram mais recentemente”. O maior risco está nas pessoas que adquiriram dívidas recentes ao comprar casa ou carro. Isso porque ainda têm um valor de dívida muito elevado. E são estas pessoas que tem mais chances de não pagar as prestações.
Segundo Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO, existem “sinais que provocam preocupação”, apontando também o “aumento dos juros do crédito à habitação com taxa variável”, que vão acabar por “pressionar os orçamentos familiares, que já estão condicionados pela inflação”.
Ainda assim, Natália pede cautela, e explica que existe “uma grande diferença entre uma bolha que rebenta e provoca uma derrocada generalizada de preços, e uma descida de preços em que o mercado corrige, devido à alteração das dinâmicas entre oferta e procura”.
Como podemos ver, os experts indicam que embora haja sinais de alerta, não é possível afirmar que uma bolha ocorra. O aumento das taxas de juros e a pressão nos orçamentos das famílias são pontos de atenção. Mas, é preciso distinguir uma queda geral dos preços, de um ajuste do mercado. É crucial estar atento e adotar medidas de prevenção para evitar impactos negativos.
Fonte: SIC Notícias
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