A partir de agora, obter o crédito habitação ficará menos complicado. Isso porque o Banco de Portugal vai reduzir a metade o “teste de stress” associado aos empréstimos à habitação indexados às taxas Euribor.
Essa mudança implica uma redução de 50% na taxa de esforço aplicada às taxas de juro dos créditos habitacionais. Até agora, os bancos realizavam uma simulação de stress, a acrescentar 3 pontos percentuais à taxa de juro acordada nos contratos de crédito habitacional. Isso ocorria com o propósito de garantir que o tomador pudesse garantir o pagamento das prestações, mesmo em caso de aumento das taxas de juro. Agora, esse “aumento de pressão” será reduzido para 1,5 pontos percentuais para empréstimos com prazos superiores a 10 anos, 0,5 pontos percentuais para novos empréstimos com prazos de até cinco anos e 1 ponto percentual para contratos com prazos entre cinco e 10 anos.
Portanto, se está a considerar a compra de uma casa, estas novas medidas do Banco de Portugal ampliam as oportunidades de obter aprovação para o seu crédito habitação.
Mas o que é exatamente o “teste de stress” do crédito habitação?
É um mecanismo usado por instituições financeiras que avalia a capacidade de pagamento dos seus clientes num cenário de acentuado aumento nas taxas de juro. Até agora, a taxa de juro contratada era somada a 3% para verificar se os clientes conseguiriam manter os pagamentos, a considerar as prestações futuras.
Após esse cálculo, a taxa de esforço, que representa a parcela em que o pagamento do crédito consome na renda da família, não podia ultrapassar 50%. Agora, com a redução do “teste de stress” de 3% para 1,5%, mais empréstimos passarão nesse teste. De forma a facilitar o acesso ao crédito para a compra de imóveis pelas famílias.
Por exemplo:
Um casal com rendimento líquido total de 2.700 euros por mês deseja adquirir um empréstimo de 200 mil euros para comprar uma casa. A considerar um crédito habitação com um prazo de 30 anos, spread de 1% e indexação à Euribor a 12 meses, a taxa de esforço seria de 55% no “teste de stress”. Esse cálculo considera as regras que incluíam um acréscimo de 3 pontos percentuais ao valor do indexante. Isso significa que o casal não conseguiria obter o empréstimo, já que a taxa de esforço ultrapassaria o limite de 50%.
No entanto, com as novas regras que reduzem pela metade o acréscimo ao indexante (1,5%), a taxa de esforço cai para 43%. E assim torna possível a obtenção do crédito habitacional desejado.
Fonte: doutorfinancas.pt
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