Matosinhos é um dos tesouros de Portugal. Não apenas pelo seu reconhecimento internacional na arquitetura e culinária, como também pela sua contribuição crucial para a indústria conserveira. Neste artigo, vamos explorar a história e a evolução dessa tradição em Matosinhos. Com destaque para as quatro empresas que estão em atividade e se reinventando para enfrentar os desafios atuais.
O legado da conserva: Matosinhos em lata ao redor do mundo
Desde a construção do porto de abrigo de Leixões no final do século XIX, Matosinhos viu a ascensão da indústria conserveira. Foi assim que a lata de conserva se tornou a primeira embaixadora do concelho. Durante as guerras mundiais o setor prosperou, e atingiu o seu auge entre as décadas de 40 e 60. Contudo, nas décadas seguintes, muitas fábricas fecharam. Das 54 unidades que existiam, hoje restam apenas quatro em atividade.
A resiliência da Ramirez 1853: tradição e inovação numa lata
A Ramirez 1853, a mais antiga indústria de conservas de peixe em operação no mundo, é parte dessa tradição. Fundada em 1853, a empresa passou por várias renovações ao longo dos anos. A mudança para Lavra em 2015 não apenas marcou uma nova fase, mas também incluiu um núcleo museológico, um auditório e uma loja. De forma a oferecer aos visitantes uma experiência única.
Conservas Pinhais: 100 Anos de sabor
Com mais de 100 anos, a Pinhais é um exemplo de como tradição e inovação podem coexistir. Adquirida pela empresa austríaca Glatz em 2016, manteve o método de fabrico tradicional. Produz por dia entre 25 e 30 mil latas, destinadas a sua maioria ao mercado estrangeiro. Além disso, a recente abertura do Conservas Pinhais Factory Tour oferece aos visitantes a oportunidade de viver todo o processo de produção. No museu, os visitantes vêm a produção em 12 passos. Cheiram os ingredientes, fazem degustações, e por fim embrulham as latas personalizadas. O espaço ainda conta com loja, cinema, serviço educativo e bistrô.
Conservas Portugal Norte: do passado ao presente, um legado de sabor
Fundada em 1912, a Conservas Portugal Norte, Lda. é uma empresa familiar com tradição centenária na produção de conservas de pescado. Mudou-se para Matosinhos em 1944, onde mantém a sua fábrica até hoje. Possui mais de 100 colaboradores, e produção de 65 mil latas por dia. Mas, 85% dessa produção é exportada para mais de 40 países. A empresa não apenas se destaca na produção, como também oferece uma experiência única aos visitantes. Permite que conheçam o processo de fabrico e, em seguida, provem propostas gastronómicas exclusivas.
La Gondola: um toque italiano na tradição conserveira de Matosinhos
Fundada por italianos em 1940, a Fábrica de Conservas La Gondola tem uma história única. Desde a abertura de um armazém-fábrica de salga de peixe até a transformação numa fábrica de conservas em Perafita. Decerto a empresa evoluiu muito ao longo das décadas. Sob a gestão de Paulo Dias, a La Gondola destaca-se pela exportação de 90% da sua produção. Especialmente da sardinha e cavala. Apostam assim num conceito mais gourmet.
Preservar a tradição, inovar para o futuro
Em Matosinhos, a indústria conserveira é mais do que uma tradição, é uma herança viva. As quatro fábricas em operação não apenas mantêm viva esta rica história, como também demonstram a capacidade de se adaptar aos tempos modernos. Matosinhos, com as suas latas de conserva, sem dúvida continua a ser uma referência culinária de renome internacional. Oferece ao mundo uma amostra do sabor autêntico de Portugal.
Fonte: CM Matosinhos
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